ALFABETIZA��O EM ANGOLA

H� tr�s anos, o Governo lan�ou Programa de Alfabetiza��o e Acelera��o Escolar (PAAE), de ensino e aprendizagem denominado�SIM, EU POSSO�, uma experi�ncia cubana a adaptar em Angola.

O alvo era a erradica��o do analfabetismo, o que iria ao encontro de um dos Objectivos do Mil�nio das na��es Unidas.

Para quem n�o conhece, o �Sim, eu posso� � um m�todo cubano, adaptado � realidade angolana que, atrav�s da combina��o de cartilhas e v�deos de aulas, pretende facilitar a aprendizagem da escrita e leitura, tendo em aten��o as necessidades de cada um dos alunos.

Os conceptores do modelo consideram que o projecto, al�m de ajudar a promover a consci�ncia individual e colectiva dos cidad�os sobre a import�ncia de saber ler e escrever, � igualmente de f�cil adapta��o �s l�nguas nacionais.
Composto por tr�s etapas, sendo a primeira de treinamento (dez aulas), a segunda de ensino da escrita e leitura (42 aulas) e a �ltima de consolida��o (11 li��es).

Os conceptores do modelo consideram que o projecto, al�m de ajudar a promover a consci�ncia individual e colectiva dos cidad�os sobre a import�ncia de saber ler e escrever, � igualmente de f�cil adapta��o �s l�nguas nacionais.

MPLA � �VAMOS APRENDER�

O MPLA, partido no poder, resolveu envolver-se nesta batalha com uma iniciativa a que decidiu chamar �Vamos Aprender�, transformando os seus �Comit�s de Ac��o do Partido� (CAP) de Luanda, no per�odo da tarde, em salas de aulas.

O MPLA explica que subscreve essa iniciativa por entender que a alfabetiza��o pode ter um papel essencial na erradica��o da pobreza, na possibilidade de emprego, na promo��o da igualdade entre os sexos, na melhoria da sa�de familiar, na protec��o do ambiente e na promo��o da participa��o democr�tica.

M�TODO DOM BOSCO

Detentora de v�rios centros de alfabetiza��o por toda Angola. A congrega��o apontada como refer�ncia em mat�ria de educa��o: os padres salesianos do S�o Jos� Oper�rio.

No Sambizanga, bem perto do Mercado Roque Santeiro, os salesianos controlam cerca de quatro mil alfabetizandos, incluindo vendedoras do recinto que nas �horas mortas� (com poucos clientes) dedicam, em m�dia, duas horas para o estudo. O n�mero dos que pretendem aprender a ler e a escrever j� foi bem maior, conforme revelou o coordenador da Alfabetiza��o da par�quia de S�o Jos�, Pedro Garcia, o qual estima que, nos tempos em que havia maior financiamento da parte dos doadores internacionais, o n�mero j� ter� atingido cerca de 8 mil alfabetizandos.

Uma aten��o especial � prestada aos reclusos da Cadeia Central de Luanda, local onde dois alfabetizadores v�m ministrando aulas. A�, reclusos com n�vel acad�mico aceit�vel s�o integrados no processo de forma��o dos seus companheiros de reclus�o.

Crian�as em idade escolar, mas fora do sistema de ensino, podem encontrar nos salesianos uma respostas para as suas necessidades, apesar da objec��o do minist�rio de tutela, que reprova a alfabetiza��o para crian�as. A ac��o dos religiosos vai al�m de alfabetiza��o, sendo que muitos dos benefici�rios t�m a oportunidade de continuar na fase p�s-alfabetiza��o, frequentando o ensino prim�rio da reforma educativa, de onde saem com conhecimentos do ensino de base normal.

 Bar d� lugar a escola de alfabetiza��o

No bairro da lixeira, bem nas imedia��es da Par�quia de S�o Jos�, na comunidade conhecida por Bota Fogo,  uma iniciativa particular em que, no esfor�o para vencer a luta contra o analfabetismo, os residentes decidiram transformar um antigo bar num espa�o de aprendizagem, onde s�o ministradas aulas de alfabetiza��o.

A comunidade, na sua maioria vendedores do mercado Roque Santeiro, arrendou aquele espa�o, onde s�o ministradas aulas de alfabetiza��o em quatro distintos per�odos e em 6 turmas de cada 25 alunos. A ac��o conta com a parceria da par�quia local, que disponibiliza os alfabetizadores.

A professora Angelina Oliveira, 33 anos, 8 dos quais dedicados � alfabetiza��o e respons�vel daquele espa�o, sente-se feliz por integrar o projecto que transformou um bar em escola, considerando o acto da comunidade como um grande contributo para a toda a sociedade.

� de assinalar que � no per�odo de noite que se nota maior presen�a de alunos adultos no Centro Bota Fogo, algo que se explica com o facto de o per�odo diurno ser ocupado com a actividade laboral e com a busca do sustento. Mas nem por isso a escola/ bar fica vazia crian�as que est�o fora do sistema normal de ensino encontram a� um espa�o para praticar a escrita e a leitura. As crian�as que estudam mas que t�m dificuldades de aprendizagem encontram a� tamb�m um espa�o de explica��es e refor�o na transmiss�o das mat�rias escolares.T�m melhorado o seu rendimento escolar, de acordo o testemunho dado pelos pr�prios pais aos professores do antigo Bar Pena.

O PROJECTO FELITAMO,   pretende promover a alfabetiza��o de mulheres no meio rural  vai ser desenvolvido pela Associa��o Angolana para Educa��o de Adultos (AAEA), tem a dura��o inicial de tr�s anos e conta com o financiamento da Uni�o Europeia, num montante de 400 mil euros.
A execu��o do Felitamo envolve parceiros da AAEA, como o Grupo de Lideran�a Feminina (GLIF) para Porto Amboim, a Uni�o Crist� Feminina (UCF) e a Cooperativa Horto-Frut�cola do Amboim (CHOFA) para Gabela.  Ao todo, no Kwanza-Sul, o projecto vai beneficiar 2.500 mulheres dos munic�pios do Sumbe, Porto Amboim, Amboim e Quibala.

Fortalecer a aprendizagemO projecto tem como objectivos �fortalecer ambientes de aprendizagem e alfabetiza��o�, �formar actores n�o estatais para desenvolverem e aplicarem pr�ticas inovadoras de alfabetiza��o, com maior incid�ncia nas mulheres�, �influenciar e apoiar o desenvolvimento de pol�ticas inovadoras e de qualidade em torno dos programas de alfabetiza��o e educa��o de adultos� e �formar cem alfabetizadores na prov�ncia, principalmente mulheres�
O projecto, vai introduzir novas din�micas participativas e de execu��o, com realce para a produ��o, pelos participantes, de materiais locais.
O Felitamo pretende ainda introduzir as l�nguas nacionais e criar f�runs comunit�rios que v�o ajudar as comiss�es de pais e encarregados de educa��o a colaborarem com as comunidades.
O projecto Felitamo,  da apoio ao desenvolvimento de pol�ticas inovadoras e pr�ticas de qualidade em programas de Alfabetiza��o de educa��o de adultos visam proporcionar a aprendizagem �s pessoas que n�o sabem ler e escrever.

"� necess�rio incutir nas mulheres o ambiente da aprendizagem, para que possam ter a sua participa��o activa na sociedade

  PROJECTO AMA-ANGOLA.

O Projecto Ama-Angola surgiu para apoiar crian�as, jovens e adultos de Angola. Assim poder�o ter um pouco de esperan�a, uma educa��o e evangelismo, para que possam ser alcan�ados pelo conhecimento do Evangelho de Cristo.

A mission�ria Andr�ia Siqueira, n�o p�de ficar alheia a este chamado de Deus para um grande trabalho no continente africano, nem tapar os ouvidos ao clamor de milhares de angolanos carentes. Deus colocou em seu cora��o o desejo de estar desenvolvendo um projecto de alfabetiza��o para adultos neste pa�s.

Objectivos do Projecto
Alcan�ar crian�as, os jovens e os adultos que n�o tiveram oportunidades de estudar e lhes dar uma profiss�o, pela qual, poder�o exercer sua cidadania.